Conepir tem mais uma vitória: Hino À Negritude agora é lei em Piracicaba

PL obriga execução do Hino à Negritude em solenidades da raça negra

 

De autoria de Matheus Erler, projeto de lei 61/2014 foi aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira.

Foto: Fabrice Desmonts – MTB 22.946

Projeto de lei de Matheus Erler foi aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira

 

Foi aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira (30) o projeto de lei 61/2014, de autoria do vereador Matheus Erler (PSC), que oficializa o Hino à Negritude, criado pela lei 4.209/1996, e determina sua execução em todas as solenidades que envolvam a raça negra em Piracicaba.”Escrito pelo poeta e professor Eduardo Ferreira de Oliveira, o Hino à Negritude é uma grande bandeira da luta por direitos e reafirmação do negro enquanto ator social essencial na formação histórica da sociedade brasileira”, afirma o vereador, na justificativa do texto encaminhado ao plenário.Matheus Erler também destaca que, além do valor simbólico e histórico, o Hino à Negritude consolida mais um passo na caminhada contra o preconceito racial. Sob o aspecto pedagógico, detalha o legislador, a divulgação do hino promove “resgate poético da contribuição que os negros tiveram no desenvolver da nação brasileira”.”Por fim, há que se ressaltar que a propositura deve ser vista sob o prisma da diversidade da população brasileira e com o dever público da negação do racismo, a inferiorização, estigmatização e invisibilidade da população negra”, conclui.

 

Texto:  Erich Vallim Vicente – MTB 40.337

 

João Manoel recebe prêmio “Personalidades Negras” do Conepir

Entrega da homenagem aconteceu nesta sexta-feira (23) na Sala da Presidência. Outras três pessoas também receberam a comenda

 

O presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, João Manoel dos Santos (PTB), recebeu na tarde desta sexta-feira (23) a homenagem “Personalidade Negra”, entregue pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba (Conepir). A solenidade ocorreu na Sala da Presidência e contou com a participação do presidente da entidade, Adney Araújo, e destacou a importância das referências pessoais para a comunidade negra no município.“É com muito orgulho que recebo esta homenagem, primeiro pelo reconhecimento e, segundo, pelo fato de o Conepir ter nascido nesta sala e a Câmara sente ter cumprido o papel dela de promover espaços de debates como estes”, disse João Manoel dos Santos. Além dele, também foram homenageados a ex-vereadora Benedita Penezzi (em memória), o subcomandante Moraes, da Guarda Civil Municipal, e o presidente do Sindicato da Construção Civil de Piracicaba, Milton Costa.

Adney Araújo, do Conepir, salientou que em apenas um ano de formação o conselho já realizou diversas ações, como criação do Disque Racismo 156  e da campanha “Somos todos seres humanos”, lançada na cidade como parte de uma definição estadual do movimento negro, e que conta com o apoio de torcidas organizadas do Esporte Clube XV de Novembro.

“Em pouco tempo conseguimos demonstrar à cidade a importância de termos uma entidade como o Conepir, que atue de maneira constante em temas que contribuam para o combate ao racismo”, definiu Adney Araújo.

 

Texto:  Erich Vallim Vicente – MTB 40.337

 

 

Manifesto de apoio à liberdade de expressão religiosa

 

O Juiz de Direito, Dr. Eugênio Rosa de Araújo, pensa ser o dono da verdade e acaba de descobrir a pólvora. Insanamente o magistrado alega que os cultos de Umbanda e Candomblé não são legítimos, pois não são monoteístas e não têm um livro para guiar seus fiéis como a Bíblia ou o Alcorão.

Homem pequeno e de pequena visão ao respeito, à diversidade religiosa, ao respeito à nossa ancestralidade. Enquanto os católicos festejam 2014 anos do nascimento do Messias, na África, assim como na Ásia, Buda é cultuado à mais de 8000 anos antes do nascimento do calendário cristão. Na África, Xangô, assim como Ogum, dava seus sábios e longos conselhos aos seus povos, discorrendo como a justiça, a lealdade, a amizade, o respeito e a caridade eram importantes a seus súditos.

A proibição a qualquer manifestação religiosa é repudiada pelo Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba-Conepir. Pois hoje são as religiões de Matrizes Africanas a serem perseguidas, amanhã serão as Neo Pentecostais, e sabe se lá onde isto vai parar.

Somos totalmente a favor da liberdade de expressão religiosa e temos o dever de protegermos nossa ancestralidade, mesmo que muitos de nós sejamos, hoje, evangelizados ou seguidores de diferentes segmentos religiosos. Não podemos abandonar a defesa de nossas raízes; não somos descendentes de escravos, mas sim descendentes de um povo que foi escravizado.

Tiraram nosso chão e a nossa liberdade, fizeram esquecer nossa língua mãe, cortaram nossas línguas, nos queimaram a ferro quente, fizeram toda a barbárie típica dos fracos que temem que os dominados se levantem, porém uma coisa nunca conseguiram tirar de nós negros: a nossa fé e o respeito aos nossos ancestrais. Não será hoje nem agora que iremos abrir mão do que nos é mais caro e que não conseguiram extirpar: A NOSSA FÈ.

Portanto, a marcha do toque dos Adjás tem nosso apoio, respeito, e acima de tudo admiração, pois não iremos permitir que nossas raízes sejam arrancadas de nossos corações, de nossa história e nem de nossas vidas. Esta é a luta, a nossa religiosidade. Tanto já nos foi tirado e dizem que reclamamos por nada, porém o que é nada para uns é tudo para outros, nosso eco irá longe, nosso grito irá balançar as estruturas do poder, não usamos máscaras pois não temos nada a esconder, ao contrário temos muito a mostrar.

Um antigo ditado Yorubá diz: “Um galho quebra sozinho, mas um fecho de galhos é inquebrável”.

Conepir completa um ano e faz prestação social de contas

Conselho foi criado há um ano para discutir políticas públicas à raça negra e para servir no combate ao racismo. Evento ocorreu na Prefeitura de Piracicaba

Madalena participa das atividades de um ano do Conepir

Fotos: Suelen Faria (estagiária)

A vereadora Madalena (PSDB) participou, ontem à tarde (13), das atividades de um ano do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba – Conepir. O encontro, define o presidente da entidade, Adney Araújo de Abreu, foi para prestar contas do trabalho da instituição durante os últimos 365 dias e ressaltar o apoio da Câmara de Vereadores de Piracicaba na formação do Conselho.  “Sobre políticas públicas para os negros, quando falam que Piracicaba adormeceu, na verdade, não adormeceu, pois faltavam leis. Você acha que bancário não quer trabalhar em banco? É claro que quer”, frisou Abreu. “Em 10 anos se formou mais negros na faculdade do que em 100 anos”, disse.

De acordo com o presidente do Conepir, “é necessária uma busca reparatória para os negros”. No encontro, que ocorreu no prédio do Centro Cívico, na tarde desta terça-feira (13), Madalena, e o empresário do ramo alimentício, Marcos Rosa, receberam um livro com depoimentos de negros que superaram a discriminação e o preconceito. “Eu agradeço o convite e estou muito feliz em participar”, agradeceu a parlamentar.

Claudemir Almeida, proprietário de uma pequena empresa de portaria e serviços, relatou a discriminação que sofreu, anos atrás, quando ouviu de “uma pessoa bem sucedida da cidade, branca,” de que não poderia, “nunca”, ter um negócio próprio por conta de ser negro.

Campanha

Adney Araújo adiantou que uma campanha, com o tema “Banana é Banana, Macaco é Macaco e Racismo é Crime”, será realizada em Piracicaba com a finalidade de conscientizar a população a denunciar casos de racismo.

Propostas

Aos participantes foi entregue uma cartilha com algumas ações a serem implementadas como a criação do Disque Racismo – 156; a execução, antes de cerimônias que envolvam à raça negra, do Hino à Negritude, por meio de projeto de lei de autoria do vereador Matheus Erler (PSC); reimplantação da cota nas campanhas publicitárias governamentais, iniciativa do vereador Chico Almeida (PT), a pedido do Conepir, além de outras medidas.

Representantes de sindicatos e assessores parlamentares participaram do encontro.

 

Texto:  Marcelo Bandeira – MTB 33.121

 

 

Disque racismo através do telefone 156 é implementado em Piracicaba

 

 

Data: 14/05/2014

Autor: João J. de Souza- 21.054

O prefeito Gabriel Ferrato lançou ontem (13), o Disque Racismo, resultado da 1ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial, promovida pela Prefeitura em parceria com o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba (Conepir). O anúncio aconteceu durante a denominação de Eva Iltez Aparecida Luiz ao Centro de Documentação, Cultura e Política Negra.

Assim, por meio da Secretaria de Governo, a Prefeitura disponibiliza o telefone SIP 156 para que as pessoas possam também denunciar crimes de racismo. O serviço funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 17 horas. As denúncias serão encaminhadas à secretaria, que, imediatamente, repassará ao Conepir.

O Disque Racismo, como relatou o presidente do Conepir, Adney Araújo de Abreu, “é mais uma das ações afirmativas discutidas no ano passado e que agora torna-se realidade”.

Comunidade negra busca maior representatividade

Conepir cria comissão no Aglomerado Urbano e Madalena pede ações de igualdade racial

Foto: Suelen Faria (Câmara dos Vereadores de Piracicaba)

Foto: Suelen Faria (Câmara dos Vereadores de Piracicaba)

Foto: Suelen Faria (Câmara dos Vereadores de Piracicaba)

Foto: Suelen Faria (Câmara dos Vereadores de Piracicaba)

Evento na Câmara de Vereadores, na tarde de quarta-feira (23/04), discutiu a implantação de políticas públicas de promoção à igualdade racial na cidade e região.

Na ocasião, o Conepir (Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba) anunciou a criação de uma Comissão de promoção da igualdade racial no Aglomerado Urbano de Piracicaba e a vereadora Madalena (PSDB) solicitou ao município a criação de uma coordenadoria para discussão da igualdade racial no município, além da inserção da cidade ao programa Juventude Viva, do governo federal, que prevê, entre outras ações, o enfrentamento do racismo.

Membros do Conselho, entidades, secretários, vereadores e o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) participaram do encontro. O prefeito parabenizou a iniciativa e afirmou que o governo fará “tudo o que pode” para enfrentamento da discriminação.

“Somos limitados, há coisas que não cabe ao município resolver. Temos tentado reforçar as ações de desigualdade social”, disse.

O presidente do Conepir, Adney Araújo, informou que a criação da Comissão é baseada no Sinapir (Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial), que prevê a prática de ações visando a igualdade racial.

“Queremos que a Comissão possa agir no Aglomerado e trabalhar educação, trabalho e renda, moradia, violência e outros assuntos. Isso falta também em muitos municípios”, disse.

Segundo ele, a comissão contará com presidente, vice-presidente e secretário, que deverão ser escolhidos em uma próxima reunião com representantes dos 22 municípios que compõem o Aglomerado.

O procurador-geral do município, Mauro Rontani, afirmou que o município vê com bons olhos a iniciativa do Conepir, visando “fortalecer as ações do Aglomerado”.

O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), que também compôs a mesa dos trabalhos, considerou “motivo de orgulho” a articulação da comunidade negra. Madalena entregou uma cópia de seus pedidos ao prefeito e recebeu, segundo sua assessoria, orientações da coordenadora estadual de Políticas para a População Negra e Indígena, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Elisa Lucas Rodrigues, que esteve presente no evento e endossou a importância de políticas voltadas à comunidade negra.

“A violência com a população negra é muito grande, principalmente aos jovens”, disse sobre os diversos casos de homicídios registrados no país.

Reportagem: Lilian Geraldini (Jornal de Piracicaba em 24/04/2014)
Fotos: Suelen Faria (Câmara dos Vereadores de Piracicaba) e Rodrigo Carvalho

CBF vai lançar aplicativo para denúncia de casos de racismo

A entidade divulgou no domingo a campanha de conscientização ‘Somos Iguais’ que tem a intenção de repudiar casos de racismo no futebol

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou uma campanha de combate ao racismo no último domingo (20). Com o slogan ‘Somos Iguais’, ela inclui a criação de um aplicativo para dispositivos móveis que permite denunciar atos de discriminação em eventos esportivos.

Segundo a CBF, a intenção da campanha “é a conscientização e o repúdio sobre qualquer ato de preconceito, seja racial, econômico, religioso, social, sexual, dentre outros”. A entidade ainda não anunciou quando o aplicativo será lançado, mas a intenção é que as denúncias feitas pelos torcedores ainda de dentro do estádio sejam encaminhadas para as autoridades competentes.
A campanha foi idealizada após casos de racismo contra os jogadores Tinga, do Cruzeiro, Arouca, do Santos, além do árbitro Márcio Chagas da Silva. Os três foram vítimas de preconceito racial neste ano e são garotos-propaganda da ação da CBF.

Tinga, Arouca e Márcio fazem parte do vídeo divulgado pela entidade que comanda o futebol no Brasil para conscientização em torno do racismo. O texto foi elaborado pelo jornalista Mauro Beting e vai ser exibido em telões de estádios no país, inclusive antes dos amistosos feitos pela seleção brasileira na preparação para a Copa do Mundo.
Além do vídeo e do aplicativo, os jogos com transmissão da televisão aberta devem ganhar atenção. Antes do início dos jogos, faixas com a mensagem da campanha serão levadas para o campo e dez bolas personalizadas com o logo ‘Somos Iguais’. Nelas haverá a frase ‘faça um selfie com a bola usando #somosiguais e sua foto poderá aparecer nas redes sociais da CBF’, estimulando os torcedores a participar da ação.
Em todos os jogos das séries A e B do campeonato brasileiro, os árbitros usarão um patch com o logo da campanha e placas de publicidade em torno do campo também exibirão a marca ‘Somos Iguais’. Nos dois jogos da seleção brasileira antes da Copa do Mundo, as ações de conscientização devem se repetir.
Veja abaixo o vídeo da campanha:
Imagem de Amostra do You Tube
Fonte: iBahia

Negros ganham, em média, pouco mais da metade dos brancos, mostra IBGE

A pesquisa de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quinta-feira (30) apontou que os trabalhadores negros ganharam menos que os brancos, e mulheres ganharam menos que homens no Brasil em 2013.

Pessoas de cor preta ou parda (de acordo com os critérios oficiais de classificação do IBGE) ganhavam, em média, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca no ano passado.

Em valores, isso dá uma média salarial de R$ 1.374,79 para os trabalhadores negros, enquanto a média dos trabalhadores de cor branca foi de R$ 2.396,74.

Nos últimos dez anos, essa desigualdade diminuiu: desde 2003, o salário dos negros subiu, em média, 51,4%, enquanto o dos brancos aumentou uma média de 27,8%.

Mulheres ganham, em média, 73,6% do salário do homem

Em relação ao gênero, as mulheres ganham, em média, o equivalente a 73,6% do rendimento médio recebido por homens. Em valores, a média do salário das mulheres é de R$ 1.614,95, enquanto a dos homens chega a R$ 2.195,30.

Belo Horizonte é a cidade em que a desigualdade é mais expressiva. Lá, as mulheres recebem, em média, apenas 68,1% do salário dos homens. O Rio de Janeiro tem os melhores índices: as mulheres recebem 75,7% do salário médio dos homens.

Fonte: UOL Economia em 30/01/2014.

Jogador do São Bernardo é vítima de racismo em jogo contra o Paraná Clube

Jogador do São Bernardo é vítima de racismo em jogo contra o Paraná Clube - Foto: Geraldo Bubniak - arquivo

Foto: Geraldo Bubniak – arquivo
Na noite desta quinta-feira durante o jogo entre Paraná Clube e São Bernardo na Vila Capanema, o volante Marino, do time paulista afirmou ter sido alvo de insultos racistas por parte da torcida do paranista na partida de volta da primeira fase da Copa do Brasil.
O boletim de ocorrência por injúria racial foi feito ainda no estádio na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe). O jogador relatou que foi chamado de “macaco” e “gorila” por dois torcedores do Tricolor que estavam no alambrado.Marino foi expulso de campo aos 47 minutos do 2º tempo. “Quando tomei cartão vermelho, ouvi torcedores me chamarem de macaco e gorila. O segurança do Paraná viu e foi atrás, mas o torcedor fugiu” disse o jogador em entrevista a Radio Transamérica. “É lamentável que isso aconteça no futebol, ainda mais no Brasil com maioria negra” concluiu.

O Presidente do Paraná Clube, Rubens Bohlen também foi ouvido pela rádio, “Eu já estava fora do estádio e voltei quando soube o que aconteceu para prestar minha solidariedade. É inadmissível! Vamos ver se as câmeras pegaram esses agressores.” disse.

A polícia do Paraná já solicitou as imagens do jogo para o clube e para as tevês que transmitiram a partida para identificar os torcedores.

Fonte: futebolparanaense.net

Mulher é condenada por injúria racial após ofender porteiro em Juiz de Fora

Ela deverá prestar serviços comunitários por um ano e pagar multa.

 

Em 2009 a mulher ofendeu um porteiro por causa da cor da pele dele.

hqdefault

 

Uma mulher foi condenada pela Justiça por injúria racial em Juiz de Fora. A decisão, que partiu da 4ª Vara Criminal da cidade, foi publicada nesta terça-feira (1º) no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Segundo denúncias, em abril de 2009 a mulher ofendeu o porteiro do prédio em que mora fazendo menções desrespeitosas por causa da cor da pele dele, ou seja, praticou ato de racismo. Por sua conduta, foi estipulado que ela deverá prestar serviços comunitários por um ano e pagar multa.

Segundo depoimento da vítima, a moradora do prédio o insultou na presença de várias pessoas em tom de voz alto, atingindo a dignidade e a honra dele. Em maio do mesmo ano, ele contou que a mulher tentou agredi-lo e intimidá-lo, declarando que ele não sabia com quem lidava e argumentando que, pelas conexões que tinha e por causa do irmão advogado, nenhuma medida judicial contra ela teria sucesso. O porteiro, então, ajuizou uma ação penal privada contra a moradora.

Em julho de 2012, o juiz Cristiano Álvares Valladares do Lago, condenou a mulher por injúria racial, a um ano de reclusão em regime inicial aberto e 10 dias-multa. A condenada deveria prestar serviços à comunidade, à Central de Acompanhamento de Penas e Medidas Alternativas (Ceapa) ou a entidade análoga, mas pôde recorrer em liberdade. Na sentença, o juiz absolveu a ré da acusação de difamação, porque não houve ofensa à reputação do trabalhador.

A defesa recorreu alegando que mulher deveria ser absolvida, pois as provas eram incertas. Entretanto, a decisão foi mantida. Para os desembargadores Flávio Leite (relator), Walter Luiz e Kárin Emmerich, o registro de ocorrência e a prova oral colhida durante a instrução processual comprovaram a materialidade do crime e a autoria.

Nesta terça-feira, com base no parágrafo terceiro do artigo 140 do Código Penal, ela deverá prestar serviços comunitários por um ano, além de pagar multa.

Fonte: G1