Autor: CCS/Fotos: Justino Lucente
‘A Polícia me Parou. E Agora?’, material explicativo e educativo dos direitos e dos deveres dos cidadãos e das polícias, foi apresentado nesta terça-feira (31) às polícias Militar e Civil, Guarda Civil, Exército, membros do Conepir (Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba) e lideranças, durante coletiva de imprensa no Gabinete do prefeito Barjas Negri. De maneira bem clara e técnica, o folheto tem o propósito de informar os cidadãos e aproximar o diálogo, muitas vezes laborioso, entre as forças policiais e os cidadãos.
Segundo Barjas, a Prefeitura de Piracicaba tem dado passos largos no sentido de combate ao racismo e à discriminação racial, sendo parceira do Conepir, seja atendendo a todas as solicitações e participando das atividades de maneira inerente. “Esse é um folheto simples, mas com mensagens fortes. As autoridades de Piracicaba precisam, sem exceção, trabalhar juntas para promover a igualdade”, afirmou Barjas Negri.
Material explicativo e educativo foi lançado no gabinete do prefeito Barjas Negri
A iniciativa contou com o apoio do delegado seccional João Sérgio Marques Batista. “Na formação de nossos jovens, assim como na Polícia Militar e na Guarda Civil, há disciplinas específicas sobre o tema (a abordagem policial). Esse assunto é recorrente, já que é tão importante”, disse.
“Temos cursos de qualificação e requalificação enfatizando o respeito à dignidade humana. A abordagem preventiva é uma questão de segurança”, afirmou a comandante da Guarda Civil, Lucineide Maciel. Ela parabenizou a iniciativa da Prefeitura e do Conepir. O coronel PM Lourival da Silva Júnior, comandante do CPI 9, disse que a Polícia Militar tem um sério compromisso com a comunidade. Ele explicou que a PM, em todo o Estado, faz um amplo trabalho, com 700 mil alunos, enfocando a relação da sociedade com a polícia. “A tranquilidade é o melhor caminho”, afirmou.
Sérgio Luis Souza, conselheiro do Conepir, enalteceu o apoio da Prefeitura nas questões do Conselho e agradeceu a participação das forças policiais. “Enquanto conselho, estamos plantando a promoção da igualdade racial. Quem vai colher serão nossos filhos e netos”, afirmou. Acácio Godoy, também membro do Conepir, destacou a luta para aproximar o jovem da polícia. “Há uma glamourização do crime e um ‘endemoniamento’ da polícia nas periferias. Isso tem que acabar, somos acusados de falar o óbvio, mas temos que falar o óbvio. Nesse folheto queremos que o jovem saiba como se portar numa abordagem policial, desmistificando o assunto”, concluiu Godoy.
‘Enquanto conselho, estamos plantando a promoção da igualdade racial’, disse Souza
FOLHETO – O informativo atende a solicitação da 1ª Conferência de Promoção da Igualdade Racial de Piracicaba. O Conepir articulou, junto à professora Elisa Lucas Rodrigues, coordenadora de Políticas dos Povos Negros e Indígenas da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, material que pudesse dirimir a distância entre a população negra e as polícias. O material de apoio já existia e foi produzido pela Ouvidoria das Polícias e do Policiamento Comunitário – SEDH/PR.
Num encontro do Conepir e do prefeito Barjas Negri, por meio da Chefia de Gabinete e do Centro de Comunicação Social da Prefeitura, foi confeccionado um lote de 5.000 folhetos, para serem entregues nos lugares de maior circulação, como terminais de ônibus da cidade e centros comerciais.
Para o Conepir, o material é de extrema importância porque a aproximação entre as polícias e os cidadãos pode colaborar para um maior entendimento e sensibilização quanto à situação de vulnerabilidade do negro na sociedade local.
Fonte: CCS