Coliformes fecais podem causar febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera
23/05/2012 – 22h01 . Atualizada em 23/05/2012 – 22h07
(Foto: Gazeta de Piracicaba )
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Doze bicas cadastradas pela Prefeitura de Piracicaba e pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) serão “encerradas” no município por terem água imprópria para o consumo. Oito delas teriam grandes quantidades de coliformes fecais (Escherichia Coli) e problema toxicológico (nitratos e metais pesados).
A orientação, segundo nota encaminhada pela Prefeitura, é que a população evite beber água nesses locais.
O fechamento das bicas está embasado em um pedido feito pelo Consea (Conselho Municipal deSegurança Alimentar e Nutricional), por meio de um ofício encaminhado ao prefeito Barjas Negri, no dia 15 de maio.
Coliformes fecais podem causar febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera. Estão presentes em grandes quantidades no intestino dos animais e ganham os cursos d’água por meio de fezes e esgotos.
O lacre das minas será realizado pela Prefeitura, pelo Semae, pela Vigilância Sanitária, pela Secretaria de Saúde e com o apoio do Consea. Ainda não há uma data para o início do trabalho.
De acordo com o presidente do Conselho, Edenilton Jorge Salvador, uma pesquisa realizada pelo biólogo Felipe Augusto Gasparotto, que é funcionário do Semae, detectou o problema em oito bicas.
A Gazeta procurou o biólogo para ele indicar quais são as oito bicas mais críticas. Mas a assessoria de imprensa da autarquia informou que o Semae e a Prefeitura se encarregariam pelas informações oficiais.
No início da noite de ontem, a redação recebeu, por e-mail, a lista das 12 bicas do município. A orientação é que a água não seja consumida em nenhuma delas. A assessoria de comunicação da Prefeitura prometeu para hoje a lista das bicas em situação mais crítica.
As Bicas
As 12 bicas cadastradas da cidade são as seguintes: Rua Silva Jardim, nº 1417 – Bairro Alto; Morlet (rua da Glória (esquina da Av. Dr. Paulo de Moraes) – Paulista; avenida Francisco de Souza (esquina com a Travessa. Santa Cecília, no – Nhô Quim); avenida Francisco de Souza (em frente ao nº 415 – Nhô Quim); avenida Campos Sales (em frente ao nº 716 – Cidade Jardim); avenida dos Bandeirantes (entre as pontes do Mirante e Lar dos Velhinhos); rua João Alves de Almeida, nº 79 (fundos), na Vila Fátima; rua Santa Olímpia (ao lado da igreja) – Santa Olímpia; Estrada do Bongue (em frente a área de lazer do trabalhador) – Castelinho; Jardim Brasília (dentro da área de lazer); Rodovia Piracicaba – Limeira (próximo a ponte do Monte Alegre / Copersucar) e rua Eugênio Quintino, nº 264 – Algodoal.
De acordo com o comunicado da Prefeitura e do Semae, das 12 bicas, apenas duas não registram a presença de coliformes totais e fecais. Ainda entre essas 12, cinco não registram a presença de coliformes fecais. Não foi informada quais se incluem nessas características.
Nota Oficial
A nota encaminhada pela Prefeitura e pelo Semae diz o seguinte: “Piracicaba, há anos, já monitora a qualidade da água das bicas, utilizada por centenas de moradores, incluindo a confecção de placas alertando as pessoas. A autarquia, também a Vigilância Sanitária, ligada à Secretaria de Saúde, divulga regularmente avisos à população para que evite consumir água das bicas. A iniciativa de pedir o encerramento destas bicas é assunto que já vem sendo discutido na Prefeitura, seja no Semae ou na Secretaria de Saúde, que recebeu o apoio do Consea”.
